Por trás do maior movimento de inovação erótica do Brasil não há uma figura masculina, tampouco uma herança de velhas feiras com cheiro de naftalina. O que há é coragem. Coragem feminina, coletiva, consciente e muito bem organizada. Essa é a essência da ETXP — Erotika Town Experience, o festival que promete transformar a relação do público com o erotismo, o prazer e o corpo, nos dias 6 e 7 de setembro, em São Paulo, celebrando o Dia do Sexo com liberdade e experiências imersivas.
Idealizado por Fada, comunicadora, mãe solo, entusiasta do mercado erótico e criadora de universos sensoriais, ao lado da co-fundadora Anaxandra Martins, a ETXP é um projeto que nasceu da inquietação de quem já viveu e organizou eventos com o coração, mas que entendeu que era hora de fundar algo próprio, livre de sabotagens, disputas de ego e relações de poder que sempre colocaram o desejo das mulheres em segundo plano.
Mais do que um festival, a ETXP é um manifesto contra a repetição exaustiva que assola o setor erótico brasileiro. Um mercado que, embora movido a fantasia, tem se mostrado conservador, desinteressado em inovação e, em muitos casos, hostil à presença e liderança feminina.
“Somos um time de mulheres que decide, executa e entrega. Do operacional ao comercial, das relações públicas às redes sociais. Nosso posicionamento é claro: não estamos aqui para repetir o passado ou buscar validação de nomes consagrados, especialmente de homens que historicamente barraram o avanço de novas ideias”, afirma Fada.
Essa escolha tem um preço. Desde o anúncio do projeto, surgiram boicotes, tentativas de deslegitimar a proposta e até aproveitadores que tentaram se apropriar de criações internas, usando vínculos inexistentes com a marca. Mas a ETXP seguiu firme: não existe liberdade sexual real sem a liberdade de criar, e de romper com os velhos pactos.
Outro desafio ainda mais profundo é o silêncio e o distanciamento de mulheres que ocupam cargos de liderança em empresas do mercado adulto. Segundo a organização, o apoio entre mulheres no setor ainda é raro. “Muitas preferem repetir as lógicas masculinas que sempre ditaram as regras desse mercado. Elas se anulam, se adaptam e esquecem de olhar para o que está nascendo com verdade. A ETXP é para quem quer viver o erotismo sem algemas corporativas ou julgamentos morais”, diz Anaxandra.
O festival terá espaços temáticos, ativações sensoriais, talks, experiências realistas, tecnologia imersiva, e uma proposta inédita no Brasil: uma cidade inteira dedicada ao prazer em seus múltiplos formatos, desejos e fetiches — com respeito, cuidado e potência.
Afinal, como diz a própria fundadora:
“Queremos que as pessoas entrem na ETXP, Erotika Town e sintam que estão autorizadas a gozar. De verdade.”
Prepare-se. A cidade que respira sexo com liberdade está chegando. Conheça o festival e onde adquirir ingressos: https://linktr.ee/erotikatown
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