Hospedagem e liberdade: já passou da hora dos hotéis repensarem suas regras sobre monogamia

São Paulo | Créditos: Não divulgado

Gente, na boa, já passou da hora de redes hoteleiras, apart hotéis e hospedagens em geral atualizarem suas políticas e refletirem o mundo real em que vivemos.

Hoje, muitos estabelecimentos ainda funcionam como se fosse obrigatório estar dentro de uma lógica monogâmica para se hospedar. É como se, ao fazer uma reserva para duas pessoas, você estivesse automaticamente assinando um contrato implícito de exclusividade com apenas um parceiro durante todos os dias da estadia. Mas quem disse que precisa ser assim?

Se eu vivo um relacionamento aberto ou qualquer formato de relação consensual que não seja monogâmica e quero aproveitar momentos únicos com cada um dos meus parceiros em dias diferentes, sempre respeitando o limite de duas pessoas por noite (como paguei e reservei), por que isso não seria aceito?

Afinal, o que importa para o hotel?

  • Que o número de hóspedes não ultrapasse o contratado.
  • Que as regras de segurança e check-in sejam respeitadas.
  • Que o consumo e uso do espaço estejam dentro do combinado.

Nada disso é violado quando um hóspede prefere alternar seus acompanhantes ao longo da estadia. O que está em jogo é apenas uma norma social ultrapassada que insiste em colocar a monogamia como regra universal, quando, na verdade, ela serve historicamente como forma de controle, não como medida de hospitalidade.

Estamos em 2025, a diversidade de arranjos afetivos e sexuais está mais visível do que nunca, e o setor de turismo precisa acompanhar esse movimento. Não é só sobre aceitação: é sobre direito do consumidor, respeito às escolhas de vida e adequação ao mercado contemporâneo.

O Brasil ainda não discute isso com seriedade, mas deveria. Afinal, turismo é experiência, é liberdade. E liberdade não combina com regras de moralidade travestidas de “procedimento padrão”.

Se eu pago por duas diárias com direito a dois hóspedes, cabe a mim decidir quem será a pessoa ao meu lado. seja a mesma durante toda a estadia ou alguém diferente a cada noite. O hotel não deveria ser juiz dos meus afetos, e sim anfitrião da minha liberdade.


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